A Gol, que nesta semana apresentou atrasos em quase todos os seus voos, jogou a culpa no computador, como fazem muitas empresas e órgãos públicos quando ficam em débito com a qualidade dos produtos que vendem ou dos serviços que prestam.
Pura lorota. Explico: há alguns anos, quando as principais companhias aéreas do Brasil quebraram, casos de Vasp, Transbrasil e Varig, as profissões que fazem um avião voar deixaram de ser atraentes, por pura falta de mercado de trabalho e pelo alto risco de se perder, sem receber a verbas rescisórias, o emprego. O que um piloto de avião de grande porte faz quando não há mercado? Como a profissão requer muitos anos de treinamento e aprimoramento, a pessoa não sabe fazer mais nada.
Agora, como a demanda cresceu muito rapidamente, não há pessoal qualificado o suficiente para atendê-la.
Mas aí alguém pode perguntar: não é só vender menos? Claro que seria o certo, mas o instinto comercial falou mais alto. Deu no que deu.
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